sexta-feira, 5 de junho de 2009

Urbanismo Sustentável em Cidade de Santa Catarina Sustainable Urbanism in a City of Santa Catarina State

Ao atender às funções necessárias para evitar que as cidades se espalhem, Pedra Branca evita o uso de carros. Além disso há um cuidado especial com as calçadas, algo que é um pouco deixado de lado em áreas residenciais de BH.

As calçadas são mais largas para estimular as caminhadas. Já as ciclovias costuram todas as ruelas e avenidas para inibir o uso de carros. Amplas praças, áreas verdes, indústrias não poluentes, prédios verdes e mobiliário ecologicamente correto também compõem o projeto de urbanismo sustentável desenvolvido em Pedra Branca, bairro que começou a ser construído em 2000 na cidade de Palhoça, perto de Florianópolis, em Santa Catarina. Com quatro mil habitantes, o local foi selecionado, com outras 15 cidades de diferentes partes do mundo, para o Programa de Desenvolvimento Positivo de Clima, do ex-presidente norte-americano Bill Clinton. Os empreendimentos imobiliários escolhidos investirão esforços para reduzir a quantidade de emissão local de CO2 para zero.

De acordo com o diretor de engenharia do bairro, Dilnei Bittencourt, o projeto do novo urbanismo estará todo construído em Pedra Branca em 15 anos. A estimativa é que até lá o bairro, de 250 hectares, abrigue 30 mil habitantes em 2 milhões de metros quadrados. A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que as cidades disponibilizem 12 m² de área verde urbana para cada habitante. Atualmente, o Brasil tem 5m² de área livre para cada habitante. A meta do novo urbanismo de Pedra Branca é disponibilizar 25m² para cada morador.

"O desenho original da Pedra Branca era tradicional. Buscamos em sua concepção atender às quatro funções necessárias para evitar o espalhamento das cidades: moradia, trabalho, lazer e estudo. Isso faz com que o morador tenha no máximo 15 minuto de caminhada, para chegar ao trabalho ou à escola e, em contrapartida, evita o uso do automóvel, responsável pela liberação de 70% de CO2 no planeta. Neste último ano, começamos a implementar a última fase do projeto da Pedra Branca, que tem como uma das principais prioridades estar voltada para o conceito de sustentabilidade, além de manter a densidade equilibrada, estimular o senso de comunidade e criar empreendimentos que contemplem moradia, trabalho, lazer e estudo", diz Dilnei Bittencourt.

O projeto de urbanismo sustentável, criado por uma equipe especializada em planejamento urbano e com consultoria de Jaime Lerner, contará com arborização, piso elevado nas travessias para permitir o fácil trânsito de pedestres e drenagem para garantir ao local rápida secagem e a recarga do lençol freático. "As cidades normalmente apresentam um rebaixo a partir do meio-fio, entre a pista e a calçada. Fazemos o contrário. Damos prioridade ao pedestre. Por isso, colocamos as pistas de rolamento no cruzamento das ruas na mesma altura da calçada. O automóvel é que vai ter que subir o elevado para passar a faixa de travessia", acrescenta Dilnei Bittencourt.

Os empreendimentos serão todos verdes, com coletores solares e atenderão a todas as classes sócio-econômicas. De acordo com Bittencourt, o preço dos imóveis no bairro varia entre R$ 130 mil, com dois quartos, e R$ 1 milhão, com quatro quartos e suítes. O objetivo é, com os prédios verdes, evitar o aumento do preço do imóvel, já que o conceito de sustentabilidade pretende não apenas preservar o meio ambiente como também gerar economia para a população.

Para estimular o senso de comunidade e os laços com o bairro, não haverá muros nem cercas de proteção aos empreendimentos. No lugar deles, haverá reforços na vigilância local, por meio das já existentes câmeras nas ruas que são monitoradas por equipes especializadas em segurança e pela polícia.

O bairro é um modelo de empreendimento que segue as recomendações da norma Leadership in Energy & Environmental Design Neighboorhood Development (LEED ND), ainda em fase de estudos. De acordo com Bittencourt, a iluminação do bairro será feita com sistemas inteligentes de dimerização da luz, que serão implantados a partir do segundo semestre. Ou seja, até as 00h, os postes e prédios incidirão nas ruas feixes luminosos. Após esse horário, a luz será reduzida à metade para economizar energia.

Fonte: pbh.bhtrans.gov.br; oglobo.globo.com e Ystatille Gondim, 3/06/2009.
Imagem: cidadepedrabranca.com.br

Pedra Branca avoids use of cars by complying with basic facilities avoiding sprawls by consequence in this way. Besides that, there is a special care to sidewalks, not so taken for serious in residential areas of BH.

Sidewalks are wider for encouraging walk. Bycicle paths cross every alley or avenue for inhibit cars use. Large squares, green areas, non polluting industries, green buildings and furniture also compound sustainable urbanism project in Pedra Branca, development launched on 2000 in Palhoça city, close to Florianopolis, Santa Catarina state. The 4,000 people place was selected with other 15 communities from all over the world for the Climate Positive Development Program of the former american president Bill Clinton. Real state chosen shall invest efforts in order to decrease CO2 emission to zero.

According to engineering supervisor of the community, Dilnei Bittencourt, by 2024 the new urbanism project would be completely finished. The expectacy is that until there, the 250 hectares neighborhood homes 30,000 inhabitants in two milllion square meters. The United Nations (UN) suggests 12 square meters for each person in urban areas. Brazil has in average 5 square meters for each urban inhabitant nowadays. Pedra Branca's goal is to achieve 25 square meters for each resident.

"The original Pedra Branca plan was an ordinary one. We've tryed to comply with the four essencial basic facilities in order to avoid sprawls: housing, work, entertainment and study. That makes each resident at maximum 15 minutes by foot far from the job and the school. This avoids driving, responsible for 70% of CO2 emission in all over the planet. We started to implement last stage of Pedra Branca Project during last year wich has as one of the main priorities sustainability concept. Apart from that, keeping density under control, stimulating community sense and create developments with housing, work, entertainment and study", says Bittencourt.

The urban sustainability project, created by an urban planning experts team with Jaime Lerner consultant will have afforestation, on level zebra crosses and good straining to ensure fast groundwater recharge and surface drying. "Cities usually have a ramp from sidewalk to the crossing. We've made the opposite by rising lanes on crossings to the same level of the sidewalk", adds Bittencourt.

All the buildings will be green ones, with solar pannels and complying with all social classes. According to Bittencourt, properties prices varies from R$130,000 (two bedrooms) to R$ 1,000,000 (four bedrooms). The main goal of using green building is to making them cheaper to population owing to sustainability presupposes not only preserving environment but saving money for people as well.
Properties will not have fence or walls protecting them in order to stimulate sense of community among residents. Cameras on the streets, already existed, will reinforce security with help of professionals and the police.

This neighborhood is a model of enterprise that follows Leadership in Energy & Environmental Design Neighboorhood Development (LEED ND) patterns, still in conception stage. Lighting of the district will be provided by dimerization light smart systems, operating in second half of this year, still according to Bittencourt. Poles and buildings will project lightning bundles on the streets until midnight. After that light will be reduced by half to save energy.

Reference: pbh.bhtrans.gov.br; oglobo.globo.com e Ystatille Gondim, 3/06/2009.
Image: cidadepedrabranca.com.br

Um comentário:

  1. Muito interessante essa proposta. Tornar a rua um espaço vivo, de convivência é essencial para a consolidação da identididade de uma cidade e seus habitantes.

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